segunda-feira, 15 de abril de 2013

De como descobrimos que era uma menina

Carta 3

Desde que vc veio morar dentro de mim, a vontade de saber se era um menino ou uma menina era imensa. Curiosa como sou, ficava doida pra ter certeza. Cada pessoa dizia uma coisa e esse suspense todo vai ficar guardando pra sempre como uma fase gostosa do início da minha gravidez. Ouvia tanta coisa engraçada...seu pai ficava tentando relacionar ao calendário chinês, sua vovó Augusta dizia que era uma menina e sua vovó Mércia toda hora mudava de opinião. Mamãe até pensou em fazer um exame de sangue que diz com poucas semanas o sexo do bebê, mas era muito dinheiro pra matar essa curiosidade que podia esperar. Uma ansiedade que valia a pena pelo tamanho da empolgação, palpites e brincadeiras de todo mundo que rodeava a mamãe.

Com 12 semanas o Doutor Francisco (o médico que tirava fotos suas na barriga da mamãe) disse que tudo indicava que era uma menina, mas pediu pra gente segurar a ansiedade e só confiar no exame da décima sexta semana. E foi dito e feito, com dezesseis semanas tivemos certeza de que era uma menina que chegaria pra deixar o mundo da mamãe e do papai ainda mais colorido, cheio de laços, fitas e babados.

Desse momento mágico, o que a mamãe não esquecerá jamais é que ela só desejava que você tivesse muita saúde, independentemente do sexo.

E foi assim que, com 16 semanas, você que era apenas nosso bebê, passou a ter nome e sobrenome ainda dentro  da mamãe: Valentina Ramos Arantes.